quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mentiras ...

Não gosto de falar sobre política mas ... É só ligar noticiário, abrir uma revista, um jornal e está lá ... Os jaguaras da politica fazendo suas jogatinas visando unicamente o bem estar próprio. Ao povo, corja de tapuias acomodados e alienados, que os colocou lá, o desdém, a mentira.
Então encontrei este poema, A implosão da mentira, de Affonso Romano de Sant'Anna. 
Se encaixa muito bem no nosso dia a dia ... só politico? Bem, eis os fragmentos 1 e 2 do poema dedicado aqui ao nosso legislativo, em especial ao senado.

Fragmento 1

               Mentiram-me. Mentiram-me ontem
               e hoje mentem novamente. Mentem
               de corpo e alma, completamente.
               E mentem de maneira tão pungente
               que acho que mentem sinceramente.

               Mentem, sobretudo, impune/mente.
               Não mentem tristes. Alegremente
               mentem. Mentem tão nacional/mente
               que acham que mentindo história afora
               vão enganar a morte eterna/mente.

               Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
               falam. E desfilam de tal modo nuas
               que mesmo um cego pode ver
               a verdade em trapos pelas ruas.

               Sei que a verdade é difícil
               e para alguns é cara e escura.
               Mas não se chega à verdade
               pela mentira, nem à democracia
               pela ditadura.

Fragmento 2

               Evidente/mente a crer
               nos que me mentem
               uma flor nasceu em Hiroshima
               e em Auschwitz havia um circo
               permanente.

               Mentem. Mentem caricatural-
               mente.
               Mentem como a careca
               mente ao pente,
               mentem como a dentadura
               mente ao dente,
               mentem como a carroça
               à besta em frente,
               mentem como a doença
               ao doente,
               mentem clara/mente
               como o espelho transparente.

               Mentem deslavadamente,
               como nenhuma lavadeira mente
               ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
               com a cara limpa e nas mãos
               o sangue quente. Mentem
               ardente/mente como um doente
               em seus instantes de febre. Mentem
               fabulosa/mente como o caçador que quer passar
               gato por lebre. E nessa trilha de mentiras
               a caça é que caça o caçador
               com a armadilha.

               E assim cada qual
               mente industrial?mente,
               mente partidária?mente,
               mente incivil?mente,
               mente tropical?mente,
               mente incontinente?mente,
               mente hereditária?mente,
               mente, mente, mente.

               E de tanto mentir tão brava/mente
               constroem um país
               de mentira
               —diária/mente.


Bem, por enquanto ... To por aqui e só ...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Há dias em que ...

Sei que é passageiro mas realmente está me incomodando. Não sou do tipo que costuma arriar com facilidade, sempre tento enxergar o lado positivo dos fatos e ... das pessoas mas há algum tempo eu não me sentia com tamanho desânimo. Tenho dormido cada vez menos e mais tarde. Me achar acordado as 4:00 da matina é mole-mole. As 07:20 lá vem despertador.  O desânimo aumenta com o decorrer do dia. As coisas vão acontecendo e eu desandando. Até andar de roller ou correr no parque, que gosto muito, tenho deixado de fazer.
Faço de tudo para espantar isso que me incomoda mas que não sei o que é.

Bem ... "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu."


Bem, por enquanto ... To por aqui e só ...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O dia nasce e eu esqueço ...

Tem aquele dia em que a gente vai deitar com uma vontade danada de chorar ... Aquele dia em que o choro vem até lacrimejar o olho e a gente, por babaquice, não deixa rolar. Meus últimos dias tem sido assim. Ainda não sei de onde tem vindo esta sensibilidade mas ... Queria me preocupar menos com meus galhos de saúde que espero resolver o mais rápido possível, com minha impotência diante da saúde de mi madre, não queria ver uma pessoa querida sofrer e não poder nem dar um afago pra não criar atrito com o namorado dele. E "otras cosas más". Tudo parece que vai enchendo o copo até que um dia transborda e a gente vira a mesa ou cai no choro. Ou vai se deitar para tentar esquecer mas ... o dia nasce e eu esqueço de esquecer. Assim começa tudo de novo ...


Bem, por enquanto ... To por aqui e só ...